domingo, 9 de março de 2008

Releitura

Leio
Releio
É um apelo
Uma súplica
Atropelo
Leio as cartas que escrevo
E os sonetos que desfiguro
Releio o conteúdo
Sempre releio
À medida que o mudo.
Por isso sempre releio
O líquido contido nas laudas de papel enxuto
Nada tem de mudo
Talvez de surdo,
Talvez de cego
Dos tantos segredos difusos
Escusos entre as palavras
Confusos...

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