domingo, 16 de março de 2008

Chuva




A chuva cai delicada,
mansa, mansa...
um pouco d'água,
pra meus olhos cheios de lágrimas.
A correnteza leva,
nessas águas já não tão mansas,
as trevas que cobrem a minha esperança.
E já não sei se é depois ou antes,
da tempestade que vem a bonanza.
Que temporal mais comprido!
pingando, soando nos meus ouvidos.
Meu paladar abafado
e os olhos tão amargos,
como a angústia boca adentro,
que tento e não consigo,
desvendar em silêncio.
Chuva delicada e mansa,
é antes ou depois da tempestade
quem vem a bonanza?

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