segunda-feira, 17 de março de 2008

Não há como reviver o tempo...




Tempo...
É só o tempo passando
Nos ponteiros mudos do relógio novo
Nos passos únidos do varredor de rua
No vento soprando na janela das casas
Nos olhos piscando, abrindo as asas...
Tempo
Sem verdade maior que a sua
Sempre indo... sem volta... sem nada
Sempre atento, quietando
Sendo noite ou alvorada
Tarde ou meio dia
Com sol ou não
Só o que é... indo... infinito...
Tempo
O que há de mais?
Para que haverá de haver
outro algo, se és certeza
única e imediata
futura, sem ser premeditada?
Passa tempo...
Aqui dentro, um minuto...
Lá fora, quantas horas?
Sinto tanto, sinto muito
mas não te sinto passando
Crueldade essa tua,
Tempo...
Só percebemos verdadeiro
quando já és lembrança
Mesmo querendo revivê-lo,
não é como antes o presente distante
pelo passar do seu passeio,
tempo...

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