Meus pensamentos são mais perfeitos que minhas palavras. São acabados.
Minhas palavras se perdem entre tantas coisas. São brechas.
Conheço muitas pessoas, mas conheço tão poucas.
Percebo maravilhas que devem ser contadas, partilhadas, divididas. Mas as perco!
Gosto das vozes e das risadas. E das coisas que as pessoas não aprendem.
Gosto de perceber-me. De identificar meus avanços e recuos que se intercalam com tanta insistência.
De curtir minha nostalgia de pessoas e coisas. Da minha vida...
Gosto de pensar nas opções que tenho e na magia de realizar cada uma.
De contemplar a segurança da rotina e das tarefas diárias, da simplicidade, do dia-a-dia.
Mas gosto de imaginar o inesperado. Deliciam-me as expectativas que surgem com os riscos.
Porque os riscos são a vida.
Mas colecionar momentos cotidianos também são.
Gosto de ser uma boa anfitriã.
Penso que um lar aconchegante, com perfumes culinários e mesa farta é um lugar perfeito para realizar momentos e cativar pessoas.
Penso nas frases ditas e nas coisas e pessoas doces da minha vida.
Tenho ímpetos de cometer loucuras. Boas loucuras que nos fariam bem a todos. Mas que não seriam compreendidas.
Mas de que adianta cometer boas loucuras para si e para o mundo, se o mundo das poucas pessoas que o amam se magoa com seus "assombros"?
Este é o meu conflito.
Fico feliz porque não é um conflito de mim para comigo, mas de mim para meus queridos.
Como devo proceder no encalço das coisas, das doçuras do dia-a-dia, das descobertas cotidianas que me enriquecem, sem magoar quem povoa minhas lembranças?
O amor responsabiliza.
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