quinta-feira, 20 de março de 2008

Linhas da mão

Olhe as linhas das mãos, como mudam...
São as linhas da vida.
A criança tem poucas linhas, poucas dores.
a esperança inteira não tem marcas,
só as suficientes.
As linhas de saída e de entrada
afundam nos planetas
curvas e montes,
palmas repletas de horizontes,
que mudam com a mente
com os traumas.
Na palma da mão tenra temos o M,
só semente dos caminhos...
Na mão gasta, áspera, tensa
labirintos,
encruzilhadas... Riscos.
Os corridos,
os temidos,
os encarados de frente.
As vitórias,
as derrotas,
os gemidos de tanta gente aventurada,
ou desventurada,
que constitui a gente mesma,
naquilo que temos de glória e de medo,
naquilo que queremos ser
e naquilo que a esmo somos.
Minhas linhas...
A da saúde parte-se
em duas instáveis,
cheia de afluentes,
de nevralgias similares
aos delírios.
À do destino, somou-se uma paralela
duas escolhas? marés?
mares?
Mistérios incontávies?
Indecisão?
À da vida, outra paralela menor...
Quanto tempo vai durar?
As duas que sou?Os traumas de amor?
O mar trancado entre paredes...
Linhas das mãos,
pilares,
cheias de cruzes,
fugazes pesadelos...
Ares contaminados.
Dados no ar.
Em garfo satânico,
deságua o destino,
cruzando a vida de que estou cansada
e a saúde debilitada.
De qualquer jeito, sobrevivo.
Forçada quase.
Supersônica.

O que são as dores nas pessoas?

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