sábado, 8 de março de 2008

Amanheça



De repente, os dias mentem uns sobre os outros, e as noites, cúmplices, silenciam a mentira aos poucos.
Com cada estrela que se acende, enterra a inverdade, transforma em claridade, ascende os ânimos, prepara a vida na Terra.
Com cada Lua, nova era, nova fase para o Sol que se levanta nas manhãs mais simples.
E com elas comemora a oportunidade do agora mutar-se em realidade de quimeras e belezas, de ilusão do tudo da vida, que são as histórias do coração.
Que a cada dia povoa as mentes serenas ou dementes, opacas ou apaixonadas, deliciadas pelas incertezas de cada noite e manhã, transformadas em poesias lindas, a cada ato, passo ou palavra, revelados com emoção.
Nem a rotina amarga.
O Sol e a lua  entendem-se nesta cumplicidade da novidade do amanhã.
Na escuridão que cai sobre as pequenas coisas.
Na claridade de novas chances, de luminescência dos semblantes e de perspectiva das manhãs.

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