segunda-feira, 10 de março de 2008

Escrever

Estou com fome. Estou com sono. Estou com medo.
É engraçado como posso sentir tantas coisas ao mesmo tempo.
O que há de mais magnífico é esta mistura. E, ao mesmo tempo, poder vislumbrá-la em separado.
Há uma música que diz: "porque desorganizando eu posso me organizar".
É isso o que percebo. Que sinto com todas as forças.
É assim que me reconheço: quando pego uma caneta entre os dedos e escrevo, me decifro, me descubro: sou eu.
Há quem acredite em missão, em destino ou vocação.
Eu acredito em prática e coragem.
A prática pelo hábito, quase um vício. A coragem pelo reconhecimento que se faz de si mesmo a cada palavra.
Escrever é o meu vício. É o que sou.
Sim, porque estou inteira nisto e sinto as coisas e as idéias fluírem naturalmente, sem complicações.
Porque sinto impossível manejar as palavras sem transformá-las... mas elas têm sua autonomia, seu sentido próprio, sua própria vontade até.. e à medida que se colocam, também me transformam.

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