O sol me salva, sua luz, seu calor. Posso ficar aqui estirada horas e horas. Sol de junho, ainda melhor. O sal me lava. E carrega minhas preces, e abençoa as dádivas que permanecem. A brisa me purifica, venta dos meus ouvidos os pensamentos ruins, o pessimismo. E a solidão me engrandece, o silêncio enaltece o valor das palavras e o brilho de cada ser que se aproxima. As poucas palavras ditas no recolhimento são qual tesouro e, por tão valiosas, requerem o cuidado de um artesão moldando sua obra. Pequenos e preciosos contatos, fotografados pro infinito. Só nas agruras do silêncio, o vértice com o outro é tão bonito.
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