A vida segue seu curso contínuo,
Não é miragem.
É milagre que se revela
À medida que inova.
Mesmo quando mantém-se,
Até quando estaca,
A vida vai adiante,
Mesmo parada.
Não devolve os instantes,
Nem as horas inúteis,
Ou a juventude desperdiçada.
A vida é um braço do tempo,
Alcova do que fica.
Quase um fim em si mesmo,
Casa de poesia.
Embebida em virtudes
De indecifráveis mistérios,
É passagem sob a poeira de dúvidas
Estrada que continua e reveza
A mesma aparência assemelhada,
Entre sóis e luas.
Mas sempre é diversa.
E prossegue seu destino
À deriva de cifras
De seu percurso imprevisível.
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