Meu coração não é de borracha
Às vezes ele se enche de água
É só saudade
Não há, nas fibras cárdias,
Tamanha elasticidade
Ele se estica e se esforça
Mas não comporta
Não se amolda tal qual
Às temporadas várias
Que vêm e vão
Ele chora
É só saudade
Passa o dia quase normal
Mas com a noite inunda
Enche-se da mágoa contida
E não mais suporta
Esvazia-se em lágrimas
E assim retoma
O tamanho natural
Mas não é nada
É só água
A Saudade que escorre
É só pra lembrar
Que a estrutura é de carne
Que aqui nada se amolda
Conforme as chuvas
Que a batida é viva
Que o órgão é fibra
Não é borracha
É visceral.
Às vezes ele se enche de água
É só saudade
Não há, nas fibras cárdias,
Tamanha elasticidade
Ele se estica e se esforça
Mas não comporta
Não se amolda tal qual
Às temporadas várias
Que vêm e vão
Ele chora
É só saudade
Passa o dia quase normal
Mas com a noite inunda
Enche-se da mágoa contida
E não mais suporta
Esvazia-se em lágrimas
E assim retoma
O tamanho natural
Mas não é nada
É só água
A Saudade que escorre
É só pra lembrar
Que a estrutura é de carne
Que aqui nada se amolda
Conforme as chuvas
Que a batida é viva
Que o órgão é fibra
Não é borracha
É visceral.
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