Quero sentir um amor desses que fazem o ser evoluir... A tranqüilidade de um sentimento íntegro, total, permanente... Quero sentir conforto, alegria, bem estar. Apenas curtir, aproveitar, sem aquela insegurança constante pendendo sobre a cabeça, apertando a glote, como uma corda ao redor do pescoço. Ficar ao lado de alguém sem ter que falar. Mas também sem ser obrigada a reter as palavras por medo de represálias ou discórdia. A coisa da alma gêmea, bem sei que não existe. Mas existe a afinidade, aquela imprescindibilidade rara de um ser humano para o outro. Há isso nas amizades, não sempre, é claro. E na família, também - não com todos, infelizmente. Então há de haver a afinidade, a paz, também no amor. Eu quero mais que a paixão. Quero a calmaria da união contínua, até a rotina. Quero o desencadear dos acontecimentos pequenos que tornam a vida tão magnífica. Uma vez me disseram: “é pelas coisas simples que nos apaixonamos!” -, sim, é claro que é. São as mínimas coisas que nos impressionam. Não as grandes... As grandes, nem nos lembramos. Afinal, o que é grande mesmo? O impacto da vida está nos detalhes, no dia-a-dia, na esperança de se poder contar com alguém por toda uma vida. Mesmo que seja só uma doce esperança. Mesmo enquanto se vive um “acontecimento”, caberá na memória só a singularidade, o sorriso, o calor de um abraço, um gesto peculiar. É isso o que eu quero encontrar. A amizade, que é eterna, num amor pleno e meigo, suave e inteiro, como um banho de espuma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário