Têm pessoas que não vão
Perambulam de cá pra lá, de lá pra cá
Saltitando
Às vezes, só sombras brincalhonas
Sobre nossos passos
Mas seus traços preenchem lacunas
Ficam gestos e perfumes
Assuntos
A doçura profunda não se esvai com o tempo
Fica pro infinito
Às vezes numa cor azul
De olhos ou de águas
Outras em retratos
Eternizados na memória
Loucuras pequeninas
Cenários grandiosos
Entregas impossíveis que deságuam
Almas vulneráveis que se jogam
À vontade de não esquecer
Nem serem esquecidas
Deixam-se perpetuamente
Entre as coisas temporárias
Que ficam