sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Paraquedas

O encanto é como purpurina. Apesar do brilho, de textura tão fina, uma coisa tão delicada, tão facilmente pulverizada... Como é fácil desvanecer-se!
O limiar entre o real e o sonho, entre a coragem e o contentamento rasteiro, é indiviso, estreito.
O senso comum e o habitat seguro não conversam com o inesquecível. Pra pular de bung jump não é preciso asas, é preciso peito.
Pra ser feliz é preciso, antes, achar a saída dos labirintos que te reconduzem a si mesmo. Aqueles de que são feitos seres ímpares como os boêmios e os esposados.
Seres antagônicos dotados do mesmo defeito em pontas opostas. Enclausurados nas artimanhas do medo e suas defesas.
E, o ar, só merecem os sonhadores, os incorrigíveis, os apaixonados e soltos.
Paraquedas não se abrem à toa.

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