terça-feira, 17 de maio de 2011

Declaração de amor não dita


Te amo.
E meu amor é como um caule.
Nele pode ser que se pendurem galhos,
Folhas, flores, frutos, borboletas
E, então, os sulcos na minha carne terão cores.
Pode ser, contudo, que eu não os queira.
E permaneça estanque.
Incauto como um velho e mudo tronco
Preso às próprias raízes.

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