quarta-feira, 29 de julho de 2009

Verdade? Momentos.



O que são as pessoas? Por que não as posso ver como são e sim como as quero? E, sim, como preciso que elas sejam? Choro lágrimas gordas de desesperança. Quando a esperança é tudo o que me sobra. Gordas lágrimas de mágoa, de dificuldades. Corrida com obstáculos. Por quê? Por que o medo da intensidade dos sentimentos? E, ao mesmo tempo, por que só em mim é tudo tão intenso? Tenho medo. Medo das pessoas que têm medo. Medo do próprio medo. Medo de dar coragem à coragem que sobrevive aos meus erros. Os homens e suas perturbações. Se não estão prontos, por que o encontro? Por que as promessas que não têm intenção de serem realizadas? Por que as palavras, as carícias trocadas? O que eu queria dizer, fugiu. As palavras e a vontade própria que elas insistem em ter... Tenho momentos. Carinhosos e ternos momentos. Apenas isso. Instantes. Consolos pequenos pra uma estrada longa e árdua, de muitas dúvidas e longos sofrimentos de pensamento. Sim, porque em mim é no pensamento que a dor reside. Em mais nada. Todo o concreto está em seu devido lugar. O emprego, a família, a saúde. Só me dóem as idéias. As seqüências sem seqüência que se organizam na mente, como um vídeogame. Sinto falta das verdades que não conheço. Falta em confiar. Nos seres. Na terra. Em mim. Quem entende o objetivo de tudo isso? A graça, os milagres, estão no caminho... nestes poucos minutos cheios e repletos? Ou a verdade é só uma vontade de ser melhor? De estar mais perto de Deus? Será o amor uma escolha? Ou um acaso? Mas que diferença faz, afinal, se, no final, desfazer o laço é sempre igual? Apaixono-me tão facilmente. Porque a esperança sempre me rende.

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