Há conversas pra dentro, conversas mocas, de quem não escuta e fala sem necessidade de retornar qualquer idéia. Sem a necessidade da dualidade. Têm conversas, têm pessoas, que conversam para si mesmas. Só seus próprios interesses, seu próprio mundo "all the time", sem se importar com o outro, com a mensagem do outro. Conversas surdas. Tem gente que não importa em refletir. Só quer perpetuar suas pequenas verdades, às vezes inoportunas. Quantas vezes essas pessoas não param para intercalar os dialetos de mundos diversos, - que são um ser para outro ser - , e perdem a graça de uma verdadeira conversa? Quantas pessoas há no mundo que não sabem interagir? Pôr no contexto o seu assunto, quando esse contexto realmente vier? Como falar em paz, em evolução, em igualdade, quando nas mínimas coisas ainda não existe a entrega? Quando nas estreitas relações ainda há a dificuldade do diálogo? Quando estamos presos em nossas próprias existências, sem olhos para o que há ao redor, no outro? Há conversas que são surdas, cujos sons ecoam para dentro dos corpos de tal maneira que inflamam a pessoa de si mesma. Cada vez mais. E este inflamar não dá espaço ao outro, ao que há fora. E é daí que vem a distância. O isolamento. O desentendimento. A intolerância. A guerra.
Tudo começa em conversas surdas. De seres tão cheios de si mesmos, incapazes de permitir a transformação pela verdade alheia. Aquela que, junto com a sua própria, mais se aproxima da verdade verdadeira.
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Às vezes a existência também é surda. E nada externo a penetra.
Caraca, fiquei sem palavras...
ResponderExcluirVocê me convenceu de uma verdade...nunca imaginei que alguém um dia o faria!!!
Agora uma pergunta: você é uma máquina de escrever com vontade própria???
Bem, como te disse, achava que escrevia mas agora passei a ter vergonha de dizer isso...
Enfim, PARABÉNS!!!