De um tempo extra,
De um momento que exista
Entre o agora e o depois.
Viver as escolhas deixadas
Nesse instante embutido
No avesso dos panos guardados
Que não vestimos.
Ouço você me chamando,
Mas não atendo
...
(O real não deixa).
Vejo você pelo espelho,
Sua sombra na minha calçada.
Adianto seus cabelos brancos
Sobre minhas pegadas
E eu sempre a contar-lhe
Meus planos e queixas.
Mora entre nossos olhos
Uma cidade perdida.
O vazio das ruas desertas
E a ternura das coisas sonhadas
Por nós não vividas.
Queria permanecer neste espaço
Entre o seu sussurro e o meu suspiro.
Queria mais palavras,
Assuntos incontidos.
Vejo você chegar
E, com um aceno de mão,
Resgatar-me deste lugar
Reservado a mentiras,
De amanhãs, impedido.
De amanhãs, impedido.
Olá!
ResponderExcluirVi seu blog pelo da Casa da Palavra e gostei muito do que vi por aqui!
Estou no início do "universo blogueiro", então, se puder, está convidada para conhecer o http://www.palavrasegavetas.blogspot.com/
PAZ!
Thiago.