O violão é um artista,
Sorri com sua boca circular,
Conversa com suas lineares línguas,
Canta com seu vibrar rítmico.
“Não. Ele não é um artista.
É apenas a caricatura da mulher brasileira!”
A mão é música!
Toca as cordas, determina as notas,
Produz o som.
“Não. A mão não é música, nem artista.
Mas é uma pista.”
O ouvido é o mestre.
Possibilita o entendimento, a sintonia, a percepção.
“Não. O ouvido não é o mestre.
É só um complemento,
É o objetivo da canção.”
O homem é o criador.
É a mão, o ouvido. É o artista. O poeta.
“Não. O homem não é música.
Música é também poesia.”
“Não. O homem não é artista.
Artista é o intermediário do sentimento.”
Minto então: o violão é o artista.
É o instrumento.
A natureza.
A criação.
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