domingo, 23 de agosto de 2009

A alma está gasta

Cansam-me as aventuras.
Gastam-me.
Meus sonhos, minhas carícias, meus instantes.
Não quero gastar-me com aventuras.
Minha alma cansa-se.
Não quer ser gasta.
Não quer ser alvo de carências, de toques ameaçados de remorso e dúvidas.
Recolho-me.
Com meus cacos e dissabores.
Minhas metas e sonhos.
Até que o “mundo” clareie.
E com ele tudo o que me rodeia.
Falta a alma, em mim
E não posso gastá-la,
Para que não se acabe o ar
Ou brilhe a navalha
Mais que a lembrança dos sorrisos
E dos familiares.
Recolho-me das aventuras,
Do mundo e de seus horrores,
Até que tudo clareie
E possa, eu, ver amores,
Sorrisos, doçuras,
Cheirosas flores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário