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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A vida é maior



A vida é maior. De todas as coisas e sentimentos, lembranças e pessoas, mágoas e pensamentos, dores, lamentos, amores. A vida sobressai. Sucedem-se os dias e as obrigações, as refeições todas e o itinerário da sobrevivência, dos cuidados mínimos diários. Conforme a vida segue, indiferente à nossa disposição de viver, o que fica em torno torna-se detalhe, apenas adornos esquecíveis. Permanecem conosco os motivos, algumas nuances e neblinas, aromas e idéias. Mas nem se sabe ao certo quais. A memória seleciona aleatoriamente os momentos que quer guardar. O mais relevante fica pra trás, as companhias imprescindíveis nos deixam, nossa essência se modifica. Porque a gente quer pensar que o que nos faz vivos é o amor, mas a gente vive porque a vida é maior. E isto é tão simples e animal, que a gente não se conforma. Mas a vida sobreleva-se até ao sentimento mais denso e às dores mais fundas. A gente quer justificar a vida, dar-lhe algum sentido. Mas a vida em si é o objetivo e, continuar, à deriva dos acontecimentos, sem escolha ou parada, é um enigma impossível de se desvendar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

6 anos

Gosto de sabê-la
Tão separada, independente
Felizarda por se ter e se dar
Com tanta propriedade
Ela é linda demais
É minha princesa querida
É meu amor, minha vida
Minha companheira e amiga
Devolvendo-se a mim
Naquilo que mais vale
Ela é minha menina
Minha estrela guia
Meu deságüe
De bondade
De magia
De coragem
Minha melhor companhia
Minha melhor parte.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O amor remove.




Renasci. Em teus braços, no suco doce do teu beijo quente e tenso. Na canção de tuas palavras, enfeitadas de verso e emoção. É outra, esta que sou. Sou também o que eu era , mas agora mais o que você me tornou. É por isto que se diz que o amor move. O amor não só move, como dá vida, à medida que remove a sujeira, o mofo, a apatia. E é assim que se renasce, que se reinicia. Embalada na música do amor, acolhida no calor da pessoa querida. Inebriada com os peculiares perfumes da criatura amada, com sua doce baforada, com seu transpirar. É assim que ressuscito e fico a contemplar. Que pessoa nascerei deste amor único? Não sei. Estou a formar-me. Como o feto no ventre da mãe. Como o adolescente a tornar-se adulto. Só sei que esta que sou, nunca fui, jamais tornarei a ser. Deste novo amor, o que agora sou, sou fruto.

domingo, 23 de agosto de 2009

Abre-se o céu

Abre-se o céu.
O céu volta a abrir-se pra mim.
Posso vislumbrar o azul com o alaranjado. As nuvens são brancas e fofas, com várias caras.
As nuvens, cinzas, afastam-se, perdem força.
O vento sopra vagarosamente, (em cada minuto, um dia), para longe, a tempestade.
O tempo sopra, aos bocados, o cinza das condensadas nuvens. Das nuvens carregadas de tristeza, que se afastam.
Vejo o céu abrindo-se. Raios de sol atravessando e irradiando o planeta de cores, com sua luz verdadeira.
Abre-se o céu.
Novamente, abre-se pra mim.
E, abrindo-se, nele percebo possibilidades antes, mais que improváveis, impossíveis.
Percebo que se estendem para mim as escolhas, (meu eterno dilema), à medida que o vento sopra e as cores primárias interagem, abrindo o céu dos meus sonhos, que antes parecia haver morrido.
Abre-se o céu. Um buraco azul na folha cinza, carregada de nuvens. Nuvens de água. Água de lágrimas salgadas.
Abre-se o céu. E nele há amores.
Nele há cores e passos antes nunca dados, nunca ousados.
E, no azul com o laranja, o que há?
Esperança.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sinal de PARE

Erguerei uma placa:
_Não se aproxime
Quem não quer amar.
E quem quer, mas não sabe,
Pare!,
Também se afaste
Pra longe de mim.
E quem sabe e quer,
Mas não pode,
Detenha-se!
Contenha os passos,
Parta!
Só se aproxime
Quem tiver além de sentimento,
Disposição.
Disposição pra amar,
Pra se entregar,
Pra construir.
Não se aproxime de mim
O ofendido, o ferido,
O magoado, O arrependido,
O amaldiçoado.
E quando, ao se aproximar,
Tocar minha face,
Cuidado! Minha pele não é de carne,
É porosa e, como milagre,
Tua essência derramar-se-á
Pra dentro dela,
Misturando-se com minhas células,
Todas elas,
As mais escusas.
E, se tocando,
Olhar-me
Um momento, recue!
Dentro de meus olhos há um mundo, um tormento,
Um pecado, um absurdo,
E se você o encarar
Para sempre será tocado
E jamais partirá.
Mas, se partir,
Não se deixe estar,
Nem nas coisas,
Nem nas palavras,
Nem nas músicas.
Parta com seus medos,
Suas minúcias.
Parta com seus beijos,
Seus gostos, cheiros
E doçuras.
Parta com suas dores,
Suas cores escuras,
Com minhas marcas,
Com minhas cores,
Misturadas com as suas,
Cheias de amores.