sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

filosofia da beleza

A beleza
como a juventude
é em si uma dádiva.
Uma flor, uma natureza morta
quanto mais simples, mais perfeitas.
O belo trespassa os conceitos
é ele mesmo uma benção.
A beleza verdadeira, sem arestas
sem máscaras
supera questionamentos, legendas.
O belo é fruto
resultado
pronto, acabado.

L.G.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

o suicídio

a gota caminha pela rachadura do teto
percorre toda a linha
e, então, pinga no piso
como quem salta
de um precipício

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Às vezes

Às vezes, as lembranças diluem-se no tempo.
Outras, robustecem.
Às vezes, o infortúnio a memória apaga.
Às vezes, guarda.
Às vezes, os dias rastejam.
Às vezes, voam.
Às vezes, a gente chora, chora.
Às vezes, gargalha
: alternância de estados.

O exótico tempera uns dias.
Outros, a rotina.
É difícil driblar a fadiga
ora intensa, ora suave sobre a vida.
- Essa vida -
que às vezes a gente leva,
às vezes a gente arrasta.
Em que às vezes a ilusão basta,
outras, a verdade mostra.
Às vezes, cai um pranto sem pausa.
Outras, secam as lágrimas.
Louvai!