Esses passarinhos escuros do meu pensamento,
em revoada, sobre a noite assustadora...
Seu piado voa, voa sem rumo,
apesar do coração que ainda pulsa.
Vejo as pessoas que passam a madrugada,
passam na madrugada,
passam pelas ruas.
Vejo minha vida que passa as esquinas,
passa pelas esquinas,
passam as ternuras.
Vejo os filhos que nunca vou ter
e os pássaros em alvoroço sobre as sombras,
sobre as réstias, as estrelas.
E o amanhã despedaçado
surgindo sem o compasso
do amor.
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