segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Doce Argentina

Pela rua gélida,
o vento nas orelhas.
Do alto dos apartamentos, as sacadas
de um tempo - que tempo bom ver as estrelas!
Abrir as janelas compridas,
debruçar-se sobre avenidas quase sem carros, sem nada.
O acordeón derrama poesia.
Como pode que a música faça isso de um povo?
Dê-lhe feição, aroma, clima?
Um tango ilumina o Caminito
: beco de cores desta Argentina
tão suave, doce,
tão fina.


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