Perdão, ó Pai!
Por gostar tanto desta condição humana
Do que aquece, inflama
E, de desilusão, se acompanha
Mas, que culpa haverá
Se a carne, sem a paixão, é fria?
Se a história, sem ela, não tem liga?
Os sentidos aguçados, prefiro à paz
E, em lugar de pensar, tocar
Deixar-me inflar de ar quente
E subir até o cume
Inspiração pra arte?
Ou neste ardume fugaz
A identidade inicial?
Aquela da qual não há escape?
Perdão, ó Pai, pois sou fraca
Nada além de criatura
Muito instinto motriz
Pra pouca ternura
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