sexta-feira, 29 de abril de 2011

Infeliz guerreira



Ela é por inteiro macia,
Menos por dentro.
Porque, por dentro, é dura, guerreira
E eu não posso com ela.
Nenhuma de minhas táticas tem sucesso perante ela.
Ela é poderosa e firme,
Impassível e destemida.
Diz que eu desperto o pior que há nela,
Não compreende que o pior que há em mim, é que se revela
Quando não consigo domá-la, conduzi-la.
Enlouqueço-a, mas por causa da minha loucura
É que ela é tão forte e segura.
E apesar de todos os tormentos
Que eu tento, com as minhas intenções mais fundas, desviar,
É minha amada, tão amada.
Queria ser uma mãe melhor, uma mãe normal,
Mas tenho acessos de raiva
E uma sombra terrível me acompanha,
- É um fardo que carrego,
Mas, por causa disso, escrevo versos.
Infeliz menina que veio de mim!
Por mais amor que eu tenha,
As emoções são fartas demais, tudo se alastra.
Coitada dela que nasceu assim:
De mãe poeta.

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