sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quem inspira minhas lágrimas sou eu.

Os pingos molhados caídos
Foram por ti, apenas inspirados.
Porque as gotas foram derramadas
Em vazão dos sentimentos sortidos,
Há muito represados.
Quando choro ou sorrio,
Em silêncio ou balbúrdia
É sempre um assovio.
Um ar soprado de dentro
Numa tentativa de música.
Sempre há nele um motivo,
Um tema, um título,
Mas sou sempre eu:
Assim mesmo, ou reescrita.
Às vezes cantada,
Às vezes derretida
Em salgadas lágrimas
Ou saliva.

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