Os pingos molhados caídos
Foram por ti, apenas inspirados.
Porque as gotas foram derramadas
Em vazão dos sentimentos sortidos,
Há muito represados.
Quando choro ou sorrio,
Em silêncio ou balbúrdia
É sempre um assovio.
Um ar soprado de dentro
Numa tentativa de música.
Sempre há nele um motivo,
Um tema, um título,
Mas sou sempre eu:
Assim mesmo, ou reescrita.
Às vezes cantada,
Às vezes derretida
Em salgadas lágrimas
Ou saliva.
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