Caminho...
O horizonte lá longe
E o inconsciente sobrevoando, como um pensamento monge,
E um nevoeiro cobrindo distante
As pegadas de um passado relutante.
Sozinha... A lucidez insensata
Persegue-me insatisfeita,
Como poeira trágica,
Tão vã e lunática,
Tão ampla, vaga e imperfeita.
Caminho, sozinha...
O universo abrangente
Limitou-me, fez-me gente,
Cheia de conceitos, cheia de entes,
Omitindo na escuridão
O mistério desta vastidão.
Sozinha, caminho...
Mas sinto meu pulso e,
Apesar do silêncio,
Sinto meus contatos sem senso,
Captados por um radar
Fora de ordem, fora do ar...
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