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domingo, 23 de agosto de 2009

A alma está gasta

Cansam-me as aventuras.
Gastam-me.
Meus sonhos, minhas carícias, meus instantes.
Não quero gastar-me com aventuras.
Minha alma cansa-se.
Não quer ser gasta.
Não quer ser alvo de carências, de toques ameaçados de remorso e dúvidas.
Recolho-me.
Com meus cacos e dissabores.
Minhas metas e sonhos.
Até que o “mundo” clareie.
E com ele tudo o que me rodeia.
Falta a alma, em mim
E não posso gastá-la,
Para que não se acabe o ar
Ou brilhe a navalha
Mais que a lembrança dos sorrisos
E dos familiares.
Recolho-me das aventuras,
Do mundo e de seus horrores,
Até que tudo clareie
E possa, eu, ver amores,
Sorrisos, doçuras,
Cheirosas flores.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Romantismo literário, covarde, arbitrário



Eu quero ir pra casa...
Me leva...
Me arrasta...
Me pega.
Sinto tanta dor
Desta que dói no peito
Tão forte, tão dentro.
Sinto tudo mudando de cor
E a coragem faltando...
Não tenho nada que dure,
Nada que valha,
Nada que eu queira,
A não ser a navalha.
Me leva pra casa,
Me carrega no colo,
Me invade
Com essa covarde coragem
Que falta pro fim dos meus dias,
Para a minha morte.