sábado, 3 de julho de 2010

Pérolas no lixo



Existem pessoas que são como flores
Semeadas no deserto.
Pessoas que têm doçuras
Não se sabe, vindas de onde
Ou por que.
Pessoas que são flashes
De luz na escuridão.
Pérolas tão branquinhas
Escondidas na oclusão.
Pessoas assim são dádivas,
São presentes divinos.
São pedaços de sol
A iluminar o caminho.
Sementes pequeninas
Espargidas entre gravetos
De terra infértil e hostil.
São nuvens carinhosas e fofas
Num céu cinzento e repleto
De agruras e arrependimentos.
Com sua claridade e textura
E melíflua melodia,
Neutralizam o mal sentimento,
As caras feias, os gritos,
A amargura de quem é sombrio.
Povoado de trevas
Ou vazio.

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