terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O amor remove.




Renasci. Em teus braços, no suco doce do teu beijo quente e tenso. Na canção de tuas palavras, enfeitadas de verso e emoção. É outra, esta que sou. Sou também o que eu era , mas agora mais o que você me tornou. É por isto que se diz que o amor move. O amor não só move, como dá vida, à medida que remove a sujeira, o mofo, a apatia. E é assim que se renasce, que se reinicia. Embalada na música do amor, acolhida no calor da pessoa querida. Inebriada com os peculiares perfumes da criatura amada, com sua doce baforada, com seu transpirar. É assim que ressuscito e fico a contemplar. Que pessoa nascerei deste amor único? Não sei. Estou a formar-me. Como o feto no ventre da mãe. Como o adolescente a tornar-se adulto. Só sei que esta que sou, nunca fui, jamais tornarei a ser. Deste novo amor, o que agora sou, sou fruto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário