eu gosto de ser feliz, gosto de verdade.
o problema da felicidade é que ela nem sempre é sincera. quando rio demais, sinto em seguida uma baixa, como depois de tomar-se uma bebida alcóolica: na sequência da euforia, um relaxamento, uma apatia...
algo na gargalhada em demasia toma-me energia e me devolve ao estado depressivo, como se houvesse uma cota de bem-estar por dia que, se excedida, será cobrada na mesma medida.
às vezes, pode ser que não se conte em 24 horas, mas em estações. às vezes, quem sabe, em existências.
em alguma vida, portanto, eu devo ter sido muito, muito feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário