vou fingir que não é comigo
fechar os olhos, fazer uma prece e pensar em coisa qualquer que me leve
daqui pro infinito
pra um lugar sem nomes
cicatrizes.
vou fingir ser outra
ter outra vida
e acordar entre flores
lírios , tulipas.
quando sinto você, sinto nos ouvidos
um balanço de rede
zumbindo.
mas se pretendo esquecer
finjo não entender
invento ser outra
e me largo na brisa
de um tempo sem ontem, sem amanhã.
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