Eu queria chorar no ombro de alguém agora. Chorar até ficar oca. Eu queria uma mãe dessas com quem a gente pudesse chorar... Mas a dor que eu sinto é também a ausência, o desencaixe, este sentimento inevitável de solidão que só quem não tem com quem chorar, conhece.
Eu fico sentada entre as pessoas, entre desconhecidos, à procura de algum consolo. Mas esta cidade me é tão familiar que nem a multidão me reduz ao mínimo. Sinto como se sempre me soubesse parte dela e como se cada um me acolhesse, até no alheamento.
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