domingo, 20 de setembro de 2009

SULZER


Se é verdade que o nome colabora na definição da pessoa, então, está esclarecido porque este nome, rejeitado por mim no dia-a-dia, foi-me dado. Meu pai era filho de colonos em uma fazenda de donos suíços. Cresceu em meio a Marias e Josés e, as suíças, donas da fazenda - ou filhas dos donos -, deviam ser típicas suíças: altas, loiras, de nomes estranhos, como o meu: Súlzer.
Então, ao encontrar um recorte de revista com este nome, talvez mergulhado na fantasia que as moças ricas e bonitas despertavam, meu pai guardou o recorte com o nome para uma possível filha, que, à época, ele ainda não sabia: seria eu.
O nome na verdade, é um sobrenome. Mas, como se sabe, os sobrenomes, quando se referem à autoria, vêm na frente, separados por vírgula. Mas ele não atentou para isso: e assim foi que um sobrenome tornou-se meu primeiro nome. E um sobrenome suíço, muito forte, com aparência de judaico, no qual teorizo um fonema semelhante à pronúncia de pizza.
E aqui estou, tal qual as suiças: alta, relativamente loira, e com corpo de européia. Nada de ancas fartas como as brasileiras, ou cinturinha fina, (infelizmente). Meu número no exterior seria 12. Aqui, não tenho número definido, nenhuma roupa brasileira é pensada pra um corpo como o meu. Sou atípica. Da aparência ao que não aparece. E também de temperamento quase europeu. Mais introvertida. E de piadas só com verdadeiros amigos.
Sulzer. É também o nome de um asteróide que, por incrível coincidência, foi descoberto um dia depois do meu aniversário: 12 de outubro, só que em 1990. Como ele, sou meio espacial também. Quem me conhece sabe de quantas viagens siderais sou capaz!
SULZER é ainda o nome de um filósofo. E esta sim é uma influência que me agrada, pois, se um nome atrai para a pessoa uma característica sobressalente, então, JOHANN GEORG SULZER, influenciou-me grandemente. Sou filósofa. Não de profissão, mas por hobby. Adoro pensar a vida, debater a vida, esmiuçar problemas. E, principalmente, ter muito tempo pra nada fazer e poder dar ao pensamento tempo para elaborar suas teorias.
E JOHANN GEORG SULZER teorizou muita coisa e foi um filósofo brilhante! Um filósofo alemão pra uma brasileira de estrutura alemã... e que, quando criança, sonhava com telhados de casas alemãs, como as de Blumenau.

 

Sei que não chego nem aos pés de Johann. Mas tenho o seu sobrenome como nome. E isto é muito forte. No tempo em que eu fazia cursinho, num lugar que nem existe mais hoje em Santo André, (o Universitário), o professor de redação, uma vez deu-me um tema em que não correspondi ao que ele queria - o que era raro. O tema era: “O belo é bom, mas o bom é naturalmente belo”. Filosófica... Era uma teoria de alguém, que hoje descobri ser o filósofo JOHANN GEORG SULZER. Mais um sinal de que Johann influenciou-me vida afora, sem que eu soubesse. Contudo, sua influência numerológica não abrangeu tudo o que acabei tornando-me, por minha própria vontade e burilamento. E, sendo o que quis tornar-me, e o que o mundo tornou-me, - nem sempre com o meu consentimento -, resultei num ser que, ou não concorda com a teoria de Johann, ou não a compreende o bastante. Não desenvolvi bem a temática, estendi-me demais na argumentação. Mesmo assim e, talvez, por isso, ela ficou gravada pra sempre em mim.
Hoje, não uso mais meu primeiro nome: Súlzer. Apresento-me pelo segundo nome e sou Larissa ou Lari, ou La, pra quem amo. Bastam os tempos de escola, em que o professor fazia questão de não pronunciar corretamente Súlzer, para perguntar-me a pronúncia, sempre soletrando, fazendo questão de envergonhar-me, salientando sua estranheza e estrangeirismo . Não sabiam eles, nem eu, o que este nome me traria. E, apesar de, ainda hoje, não gostar de ouvi-lo quando me chamam, não abro mão do meu diferencial. Do meu primeiro sobrenome-nome, europeu e espacial que tanto revela de mim. Odiei-o demais já. E com isto talvez tenha perdido muito do que ele me trouxe. Hoje, nesta recuperação do que sou, quero ser TUDO o que sou e fui, inclusive Súlzer.

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A locomotiva

 

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O escritor

C’est l'écrivain suisse de langue allemande ALAIN CLAUDE SULZER qui a remporté le prix Médicis du domaine étranger avec «Un garçon parfait» Ce roman, qui traite de l'homosexualité à travers l'histoire d'un amour impossible entre deux garçons, dans les années 1930, est le premier de cet auteur à être traduit en français.

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O asteróide

16505 Sulzer Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Sulzer Número 16505 Data da descoberta 12 de Outubro de 1990 Categoria Cintura principal Características orbitais Perélio 2,7625789 UA Afélio 3,2222249 UA Excentricidade 0,0768022 Período orbital 1 890,71 d (5,18 a) Velocidade orbital 17,21800345 km/s Inclinação 10,65473º Sulzer (asteróide 16505) é um asteróide da cintura principal, a 2,7625789 UA. Possui uma excentricidade de 0,0768022 e um período orbital de 1 890,71 dias (5,18 anos). Sulzer tem uma velocidade orbital média de 17,21800345 km/s e uma inclinação de 10,65473º. Este asteróide foi descoberto em 12 de Outubro de 1990 por Freimut Börngen, Lutz Schmadel.

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O filósofo

JOHANN GEORG SULZER, autor da importante enciclopédia das belasartes, Allgemeine Theorie der Schönen Künste (Teoria Geral das Belas Artes, 1777), por outro lado, considera a Laune em uma acepção mais próxima da visão germânica, como uma disposição de espírito (“Gemüthsfassung”), um estado afetivo (“leidenschaftlicher Zustand”). No verbete “Laune”, ele aproxima os conceitos Laune e humor, e afirma que: “Laune é exatamente aquilo que comumente se expressa com a palavra francesa humeur, ou seja, uma disposição passageira [Gemüthsfassung] na qual uma emoção, agradável ou triste, é tão dominante que todas as idéias e expressões da alma são por ela contagiadas. Ela é um estado afetivo [leidenschaftlichen Zustand] no qual a paixão não é intensa, nem tem um objeto determinado; simplesmente, seu conteúdo agradável ou desagradável espalha-se por toda a alma. Em uma Laune alegre vemos tudo pelo lado prazeroso, numa triste, no entanto, é tudo triste. (...) O juízo não é totalmente tolhido pela Laune, como [é tolhido] por uma afecção violenta, mas é distorcido, pois não vê nenhum objeto em sua forma verdadeira, ou em sua proporção correta. (...) Freqüentemente, o artista não tem outra musa para auxiliá-lo que sua Laune. (...) Aquilo que nós vemos em sua forma verdadeira e com suas cores naturais, o homem humorista [launig] vê de forma alterada e com cor falsificada. Espanta-nos que ele não veja as coisas como nós as vemos, e por isso, o estado humorista (launig) se aproxima do ridículo, e serve para nos alegrar.
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A biblioteca

Conrad Sulzer Regional Library is one of two regional libraries in the Chicago Public Library system in Chicago. It was named for Conrad Sulzer, the first non-native settler in Lakeview. Lakeview is now a neighborhood in Chicago. The library is located in the Lincoln Square neighborhood at 4455 N. Lincoln Ave. It is a full service library and ADA compliant. As with all libraries in the Chicago Public Library system, it has free wi-fi internet service.



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A multinacional

http://www.swisscam.com.br/sulzer-brasil.html

2 comentários:

  1. PS.: Nem por isso, me chamem assim, se puderem! ;)

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  2. Súlzer, eu sou o Sülzer, que tb está na wiki.

    Por coincidência, tenho uma sobrinha cujo nome é Larissa Sülzer.

    Tem coisas piores pelas quais vc não passou...
    Imagine um Oficial atendendo a um telefone:

    _ Gostaria de falar com o Comandante SUZY...

    _ Meu amigo, SUZY é BONECA, e não é o meu caso.

    Abraço,

    Sülzer.

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