sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Puramente triste.

Sou estranha.
Eu sei.
Mas, no fundo, não sou.
Só carente, ensimesmada.
Apenas isso.
Reservada.
Um pouco insegura.
Outro de arrogante.
Um pouco de triste.
Um pouco de boba.
Muito de solitária.
Mesmo quando sorrio, me sinto só.
E, sempre, incompreendida.
Queria sonhar com flores e descansar, de verdade.
Queria ser uma presença que se deseja.
Mas sou só eu e só.
E este sentimento é um dos piores que já senti.
Mas o pior de todos? A humilhação. A vergonha.
A vergonha queima mais que o ódio.
É parceira do desespero.
Prefiro a todos estes sentimentos, estar triste.
Ser triste. Puramente triste.
Ainda é melhor ser triste que envergonhar-se, sentir-se humilhada, rejeitada.
O desespero... dilacera.
A tristeza é só o opaco.
As cores fugindo da tela.
A vida se despedindo.
Vamos dormir.
Com os anjos. Com as flores.
Campos de flores desesperadas, amarelas?
Não! Flores violeta e branco, que exalam perfume ao anoitecer.
Flores doces e femininas que abrem, à noite, seus aromas.

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