(A Manoel de Barros)
Aprendi
A dizer nada
Ficar calada
Concentrada
Muito tempo
Estive às falas
Às favas
Do mundo
(que ria das minhas misérias)
Coisa de poeta
De gente sem noção
Que pensa/que vive
No interno (no inferno)
Encontrei já velha
A máscara
Que todos querem
(uns usam, uns não
- TODOS PREFEREM)
Quem quer a verdade
Quem suporta a verdade
A intempérie
A tempestade?
Vou fazer novos poemas
Sobre o esforço de não ser
O sigilo, a escusa
O secreto, a concha
Poemas sobre o essencial
A polidez admirável
A adequação bem vista
A distância recomendada
Ninguém pode com a verdade
Verdade sem modos
Sem rédeas, sem travas
Educação, religião
VERDADE É COISA PRA CRIANÇA E BEM-TE-VI.
(bem dizia Manoel)
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