terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

a mariposa

essa mariposa
bate as asas escuras e se esconde
entre as angústias e ruas sem luz do meu espírito

(perdoem-me as cores da sua borboleta
a sua esperança
as suas asas delicadas!)

a mariposa desses versos
disfarça-se nas agruras deste corredor sem saída
nos ângulos deste labirinto

:de cor cinza
feia e desajeitada
a mariposa esconde-se em qualquer frestinha

enfrenta a noite
não tem medo da floresta
nem de tempestade

essa mariposa que eu guardo
e que incomoda os teus olhos
e que blasfema os teus lábios

essa mariposa sim
não tem medo
da verdade

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